Pais podem ser condenados pela morte do filho após dieta alternativa
O casal Peter S., 34 anos e Sandrina V., 30, que vive em Beveren, na Bélgica,
está enfrentando processo na Justiça pela morte do filho, Lucas, que faleceu em
2014, aos sete meses de vida, por desnutrição. O menino era alimentado com uma dieta alternativa a base de leite de
aveia, arroz e quinoa, ao invés do leite materno ou equivalente.
A promotoria acusa os pais como responsáveis pela morte do
garoto alegando que a criança foi levada ao serviço de emergência extremamente
magra, pesando cerca de 4 kg e apresentando falta de ar, entre outros sintomas.
Peter e Sandrina alegam que acreditavam que o filho tinha intolerância
a lactose e alergia a glúten, por isso optaram por uma dieta para a criança.
No entanto, o casal não recebeu orientação médica ou fez
exames para atestar as supostas alergias. ''Eles levaram Lucas em um
consultório especializado em homeopatia quando, na verdade, ele precisava de um
serviço de emergência, já que estava morrendo de fome'', alega a
promotoria. A perícia também constatou que o estômago de Lucas estava
completamente vazio quando veio à óbito.
''As vezes [Lucas] ganhava peso e as vezes perdia. Nós
nunca desejamos a morte do nosso próprio filho'', contou, em prantos,
Sandrina, segundo o site inglês Daily
Mail.
A Justiça analisa as testemunhas de defesa e acusação
enquanto o casal aguarda a sentença definitiva sobre a morte do filho, que será
anunciada em 14 de junho de 2017. Caso sejam condenados, poderão ficar até 18
meses na cadeia.