Este menino teve a vida salva após fazer um desenho sobre sua dor
A história do pequeno Emre
Erulkeroglu, de apenas 7 anos de idade, começa com uma dor de cabeça. O
quadro foi registrado pela primeira vez no Dia
das Mães de 2015. Ele acordou a mãe, Tiffani
Erulkeroglu, e reclamou de uma forte enxaqueca: ''Em poucos minutos, estava
deitado no sofá num estado sonolento, mas gritava de dor e vomitava'', contou a
mulher ao The Daily Mirror.

A família levou o pequeno até um pronto atendimento, mas, ao
chegar ao hospital, a dor já havia desaparecido. Os médicos pediram para que
eles voltassem para casa, alegando que ''era apenas uma enxaqueca'', contou a
mãe. As dores de cabeça de Emre não cessaram, mesmo semanas depois. Preocupada,
Tiffani pesquisou na internet e encontrou uma campanha que mencionava sintomas
de tumores infantis: ''Ele tinha todos os sinais vermelhos, então eu resolvi
levá-lo ao médico em diversas ocasiões''.
O garotinho passou por um exame neurológico e profissionais
afirmaram que estava tudo bem com sua saúde. ''Inclusive, um médico me pediu
para que parasse de perguntar sobre as dores de cabeça, já que eu poderia estar
incentivando o meu filho a achar que estava com dores. Então, relaxei,
acreditando que poderia piorar a situação e que, de fato, poderiam ser apenas
enxaquecas'', desabafou a mãe.
No entanto, algumas semanas após o diagnóstico, Emre fez um
desenho que salvaria a sua vida: no autorretrato, estava um grande ponto negro
na sua testa, descrito como a marca da ''dor de cabeça que nunca foi embora''. Ao
ver a ilustração, a mulher pediu uma reavaliação e ele foi colocado numa lista
de espera para uma ressonância magnética, já que, até então, os médicos não
consideravam o caso da criança grave. ''Durante a espera, foi ficando mais
difícil lidar com o Emre. Ele tinha surtos de raiva que duravam por horas, sem
motivo. Eu precisei ir até o departamento responsável pelo exame por semanas
até conseguir um encaixe'', descreveu.
Após a ressonância, os médicos afirmaram que o menino tinha
um cisto benigno na sua glândula pineal, mas que esta não era a origem de seus
problemas. A saúde da criança, no entanto, piorou após o diagnóstico: sentia
sonolência, vomitava regularmente e tinha severas dores de cabeça. Após outros
testes, receberam a notícia de que ele tinha um tumor inoperável.
Desde então, Emre já passou por uma punção lombar e uma
ventriculostomia endoscópica. ''Foram meses de pedidos até um diagnóstico, mas
agora ele está aqui, estável e seguindo com a vida''. Tiffani espera que, com
essa história, ao menos, outros pais conheçam os sintomas e acreditem na
palavra dos pequenos.