Polícia vê ação de marketing em sumiço de jovem no Acre
A Polícia Civil
(PC) do Acre disse ter encontrado ''fortes indícios'' de que o desaparecimento do
jovem estudante Bruno Borges, de 25
anos, tenha sido uma ação de marketing para impulsionar a divulgação de livros
de sua autoria. O departamento de inteligência da corporação informou que, no
mesmo dia em que o rapaz desapareceu, foi registrado em Rio Branco um contrato
que tratava do faturamento de obras dele.
O ''Contrato de Sociedade no Projeto Enzo com o Lançamento de
14 Obras'' foi lavrado no dia 27 de março, no Primeiro Tabelionato de Notas e firmado com Marcelo de Souza Ferreira, amigo de Bruno. O documento define que
haveria benefício de 15% do faturamento bruto do ''Projeto Enzo'' e das ''14
literaturas iniciais''.
Em entrevista realizada nesta quarta-feira (31/05), o chefe
do Departamento de Inteligência,
delegado Alcino Júnior, afirmou que ''havia uma combinação para a publicação das obras''. O delegado classificou como ''fortes'' os indícios do afastamento voluntário de Bruno, que teria servido para
dar publicidade aos livros. O amigo do estudante Marcelo foi detido por ter
dado falso testemunho à polícia.
A mãe do jovem desaparecido, a empresária Denise Borges, refuta a ideia de que o
sumiço do filho seja uma ''jogada de marketing''. ''Eu sou a única pessoa que li
os quatro livros. Não se trata de uma jogada de marketing. Eu já sabia da
existência dos contratos. Aqueles meninos ajudaram o Bruno'', disse a mãe.
Denise também confirmou o lançamento do primeiro livro em breve.
''Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos
que o ajudaram? O problema é que sempre tentam encontrar um meio para
prejudicar a imagem de alguém de bem'', disse a irmã de Bruno, Gabriela Borges, em uma rede social.
* O vídeo disponível abaixo contém conteúdo relacionado com a publicação: